domingo, 15 de março de 2009

Da dificuldade nasceu a arte









A ausência dos membros superiores tornou Jadir uma criança especial e obrigando-o a superar as dificuldades. Na pintura ele encontrou o incentivo que faltava. O então garoto de 10 anos, morador de Penápolis, interior de São Paulo, procurou a A.A.C.D. da cidade e dali por diante não parou mais de fazer arte. “Cada quadro é uma obra de arte pra mim”, revela Jadir.
Com um pincel na boca, ele distribui a tinta pela tela marcada com o desenho por um amigo. O artista de Penápolis usa da mesma técnica para pintar com os pés. “Desta forma eu só pinto os quadros maiores”.



Em outra cidade do interior paulista encontramos Rodrigo Brandão Monteiro, 29 anos. Nascido prematuro e com apenas 600 gramas, ele teve paralisia cerebral. Andou de cadeira de rodas até os 15 anos mas a saúde agravou-se e colocou-o definitivamente numa cama. Aos 20 anos, a meio de uma brincadeira, Rodrigo descobriu seu dom para as artes. “Minha mãe segurou um vaso deu para mim e eu comecei a pintar”. Normalmente é a mãe que segura o pincel na boca dele que, com destreza, faz as pinturas que são vendidas pela internet em um site desenvolvido pelo próprio Rodrigo.



Problemas no parto também afetaram para sempre a vida de Moacir Ferraz, 37 anos, morador de Lucélia, também interior de São Paulo. A demora para sua retirada afetou o sistema nervoso. Sem controlar os braços, Moacir caiu com os dois pés na arte. “Pinto desde os cinco anos. Pra mim, pintar com os pés é a mesma coisa para os outros pintar com as mãos”, afirma modesto o artista que diz preferir os quadros com paisagens.



Já o artista plástico de São José dos Campos, Wanderson Lacerda, 33 anos, teve de se acostumar com a tetraplegia no decorrer da vida. “Em 2003, pulei de uma ponte, o rio era raso e eu bati na areia”. Wanderson estava passando férias em Arantina, interior de Minas Gerais e acabou fraturando uma das vértebras.
O então técnico de laboratório que trabalhava em dois empregos viu-se obrigado a mudar de profissão e voltou a ser criança. Quando menino, Wanderson gostava de desenhar e há 3 anos fez da arte sua forma de ganhar a vida. “Ele sofreu o acidente e a vida parou. Mas, encontramos apoio e ele se reergueu”, diz orgulhosa Rosiane Lacerda, esposa de Wanderson.
Os primeiros desenhos eram feitos com um anel colocado nos dedos das mãos que sofrem com a falta de firmeza. Mas, o instrumento não deu certo e acabou substituído por outro fruto da imaginação do artista. “Eu queria voltar a assinar meu nome, mas com o anel eu não conseguia. Era ponto de honra pra mim. Improvisei com um elástico entrelaçado nos dedos e deu certo”, revela Wanderson.




Jadir, Rodrigo, Moacir e Wanderson são artistas e vivem de seus talentos desenvolvidos com base na perseverança e no incentivo de parentes e amigos. Os quatro representam milhares de deficientes que transformaram dificuldades em arte.




Informações retiradas daqui

trabalho elaborado por:


Milton (8ºAno)
Carina (8ºAno)

1 comentário:

Anónimo disse...

esta muito original e entereçante obrigada por tudo bjx emiliana 5º1 furnas